segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Haddad: 'Vou derrubar o muro da vergonha que separa a cidade'



São Paulo -  A eleição de Fernando Haddad com 3.387.720 votos à Prefeitura de São Paulo demonstrou a força política de seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nem mesmo a condenação de caciques do PT no processo do Mensalão e alianças pouco populares, como a costurada com Paulo Maluf (PP), foram capazes de impedir o crescimento do estreante ex-ministro na corrida eleitoral.

Segurado pela mão de Lula e com apoio de Dilma Rousseff — outra invenção do ex-presidente —, Haddad cresceu nas pesquisas, foi ao segundo turno e recuperou para o PT o comando da maior e mais rica cidade do País — um trunfo para 2014 —, provocando, provavelmente, a aposentadoria do tucano José Serra, além da desestabilização no PSDB em São Paulo.

 Ontem, ao falar sobre a vitória, Haddad agradeceu aos eleitores e, especialmente, a Lula e a Dilma pelo apoio. E prometeu governar São Paulo com responsabilidade. “Vou derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”, disse.

Também ontem, os petistas comemoraram as vitórias obtidas pela sigla nas eleições e a de aliados, como Gustavo Fruet (PDT) em Curitiba — que teve o apoio dos ministros Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo e de Lula. Mas não foi um dia só de vitórias. O PT perdeu em importantes capitais do Nordeste e no Norte.

O técnico que encantou Lula


Bacharel de Direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia, Fernando Haddad, 47 anos, paulistano de origem libanesa, nunca tinha disputado uma eleição até entrar na corrida pela prefeitura de São Paulo. Em 2005, em meio à crise do Mensalão, assumiu o Ministério da Educação, onde era secretário-executivo, para que Tarso Genro assumisse a presidência do PT.

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